A Ação Elétrica
Quatro forças básicas comandam a natureza : a gravitacional ( responsável pela força peso e pelas atrações entre os corpos ) que tem como partícula elementar mensageira o gráviton que "avisa" que uma massa se encontra próxima da outra e precisa ser atraída, a nuclear fraca responsável pelo decaimento beta, a nuclear forte, de curto alcance, responsável por manter o núcleo atômico unido que tem os mésons como mensageiros e a força elétrica que tem os fótons que "avisam" que a força será de atração se as cargas forem de sinais opostos e repelidas se as cargas forem de mesmo sinal.
Sabemos desde o ensino fundamental que tudo é formado por átomos, e que estes tem um núcelo composto de prótons ( de carga positiva - YANG ) e neutrons, circundado por elétrons ( de carga negativa - YIN) em órbitas definidas por sua energia. Como as cargas do próton é igual a do elétron, diferindo apenas do sinal, e a massa do próton é 1840 vezes maor que a do elétron, a a partícula que fornece massa ao próton foi descoberta recentemente no LHC : o bóson de Higgs.
Um corpo macroscópio está eletrizado positivamente quando tem mais prótons que elétrons, e negativamente se tem mais elétrons que prótons.
Em 1752 Benjamin Franklin inventou o pára-raios , a única proteção contra as descargas elétricas que até hoje vitimam várias pessoas desavisadas e surpreendidas em meio a uma tempestade.O potencial elétrico é uma medida da capacidade de um corpo, ou um local, de receber elétrons.Quanto maior o potencial, mais positivo ,menor a quantidade de elétrons e quanto menor o potencial, mais negativo, maior a quantidade de elétrons. Estabelecida uma diferença de potencial ( U ) um elétron livre vai naturalmente do menor potencial em direção ao maior potencial, obviamente se houver alí um condutor. Esta é a base da energia elétrica:cargas de mesmo sinal se repelem e de sinais opostos se atraem. Um elétron colocado no menor potencial adquire alí uma energia potencial elétrica de repulsão e, atraído para o maior potencial transforma esta energia em energia cinética, que vai mover os aparelhos, acender as luzes... Só que quando ele chega no maior potencial,alí ficaria, atraido pelas cargas positivas;aí entra o papel do gerador, a pilha no caso de corrente contínua e as usinas no caso de corrente alternada; levando o elétron de volta ao menor potencial para novamente transformar a energia potencial em energia elétrica.
Num condutor esférico, se eletrizado, os elétrons vão para a superfície, pois eles se repelem e o lugar onde ficam mais afastados um do outro é na periferia, se fizermos uma ponta neste condutor, a densidade de elétrons fica muito grande e é neste local que uma provável descarga elétrica acontecerá. Pois bem, o potencial elétrico do nosso planeta é nulo, pois é um reservatório infinito de cargas positivas e negativas.Se um local tiver excesso de elétrons (menor potencial) descarregará na Terra ( maior potencial ) preferenciavelmente numa ponta.
O ar é um isolante mas no processo de chuva ocorre que uma nuvem pode ficar eletrizada negativamente,e quando é atingida a RIGIDEZ DIELÉTRICA ( maior valor do campo elétrico em que um isolante se torna condutor) do ar esses elétrons "descem" para a superfície da Terra. Pode ocorrer tambem que a nuvem fique eletrizada negativamente, e neste caso elétrons "sobem" da superfície da Terra em direção a nuvem , a fim de neutralizá-la. Todo esse processo é facilitado se próximo desse local houver uma ponta mais alta, que pode ser um galho de árvore, um gramado, um fio de cabelo ou qualquer objeto pontudo.
Daí vem a grande invenção do Franklin : coloca-se essa ponto num local bem alto, que vai proteger na superfície uma circunferência de raio igual a da altura do para-ráios.
A carga de uma raio é tão grande que se pudéssemos armazenar sua energia, um único raio forneceria energia para "nossa" cidade por mais de 30 dias!
As agulhas de acupuntura seguem o mesmo princípio, atraem partículas eletrizadas do meio ambiente, que fornecem o campo elétrico necessário a ação terapéutica que a acupuntura produz no hipotálamo, que coordena o Sistema Nervoso Autônomo.
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