Diabete e os Cinco Movimentos



                                                                             

     Entre as várias funções do fígado, uma é especial : a síntese do glicogênio. Por ser insolúvel, funciona como uma reserva energética do organismo transformando-o em glicose para ser utilizado pelo organismo.
     Em condições normais o organismo converte açucares e amidos, conhecidos como carboidratos, em glicose, que é transportada pela corrente sanguínea até  o figado, onde é transformada e armazenada, em forma de glicogênio, para utilização futura. Essa reserva de glicogênio não ocorre apenas nas células hepáticas, mas na sua maioria nos músculos, que precisam da oxidação da glicose para a sua contração.
     Toda vez que a ação muscular consome glicose, e baixa o nível dos depósitos locais, entra em ação um mecanismo que determina a demolição de moléculas de glicogênio nos depósitos hepáticos. As moléculas de glicose são lançadas no sangue e vão alcançar os depósitos desfalcados nos músculos, para serem novamente convertidos em glicogênio.
    A concentração de glicose constitui uma condição vital : a glicemia, que deve ser mantida em nível estável e adequado.
   Um dos dispositivos mais importantes na regulagem da glicemia é a insulina, secretada no pâncreas.Quando o nível de açúcar no sangue ultrapassa o normal ( hiperglicemia) conduz a uma perda excessiva de líquido e uma possível desidratação. Quando é abaixo do normal (hipoglicemia) poderá provocar distúrbios muito graves, pois a glicose é essencial a muitas atividades das células, especialmente as das células nervosas.
    A produção de insulina num organismo portador de diabete apresenta-se alterado, surgindo como resultado disfunções em diversos níveis do metabolismo e do catabolismo. Inicialmente, esta doença é um transtorno do metabolismo dos carboidratos, quando grandes quantidades  de açucares são acumuladas no sangue, passando também para a urina.
       Antigamente acreditava-se que esta enfermidade resultava apenas de um descontrole de certas células especiais da pâncreas, as ilhotas de Langerhans, que produzem insulina, substância responsável pelo metabolismo dos carboidratos. Pesquisas demonstraram que existem casos em que a insulina é produzida normalmente, mas sua ação não se realiza em virtude de falha inicial no lobo anterior da hipófise, no cortex supra-renal e na tireoide ( diabete normoinsulínica). Outros casos ainda em que estão envolvidos o sistema nervoso e a parte funcional de órgãos como o fígado, além de algumas substâncias como o glucagon participam ativamente  de alguns processos de diabete.
       O diabete melito ou sacarino é uma doença crônica, provocada pela deficiente produção de insulina pelo pâncreas e tem sintomas clássicos como a sensação de fraqueza, emagrecimento, apetite exagerado, aumento exagerado da urina e sede constante. Mais raramente é possível que a doença se manifeste de maneira brusca sob a forma de coma e ocorre com relativa frequência antes dos 15 anos de idade : o diabete juvenil, que se caracteriza pela completa ausência de produção de insulina pelo pâncreas.
        Parte da glicose assimilada pelo intestino delgado transforma-se, no fígado e nos músculos, em glicogênio. O processo pelo qual o glicogênio se transforma em glicose - a glicogenólise - realiza-se a medida das necessidades orgânicas, mantendo a glicemia normal, ainda que em jejum. Além de obter glicose por absorção intestinal e por glicogenólise, o organismo também o faz por meio do metabolismo das proteínas e gorduras - gliconeogênese - que se processa principalmente no fígado. Todos os compostos derivados da glicólise, os aminoácidos glicogênicos e o glicerol podem ser convertidos em glicose que, desintegrando-se nos tecidos, constitui a fonte essencial de energia, a qual mantém ativos todos os processos vitais.
         A insulina tem a função de transformar os açucares e regular a proporção em que a glicose é absorvida pelas células. Havendo interrupção ou deficiência na produção de insulina, o organismo não assimila satisfatoriamente os açucares. Estes passam a circulação sanguínea, elevando o nível de glicemia. atingindo o dobro da taxa normal que é de 1 grama de açúcar para cada litro de sangue, os rins já não conseguem reter o açúcar, e este passa para a urina ( glicosúria ). Em consequência dessa sobrecarga de açucares, o volume da urina aumenta ( poliúria ).
         A insulina é formada por uma molécula de proteína de estrutura bastante conhecida. Seu efeito, no entanto, só é mantido enquanto a molécula de proteína não sofrer qualquer modificação, razão pela qual não se administra insulina pela via oral, pois ela seria alterada pelos sucos digestivos.
        Normalmente a glicose contida no sangue é completamente filtrada pelos rins e reconduzida a circulação sanguínea. Assim a urina normal jamais contém açúcar. Mas o mecanismo de absorvição tem limite, o chamado limiar renal, que no caso da glicose varia entre 1,6 e 1,8 gramas de açúcar por litro de sangue filtrado. acima dessas quantidades, a glicose é eliminada junto com a urina. Por isso, a determinação da glicossúria é rotineira nos exames de controle do diabete já diagnosticado, mas não deve ser utilizada como exame exclusivo no diagnóstico da moléstia, pois é possível ocorrer glicossúria sem que haja hiperglicemia (diabete melito ). A eliminação de açucar também ocorre no diabete renal, caracterizado exclusivamente por um limiar renal excepcionalmente baixo. daí a grande eliminação de glicose pela urina, apesar de haver produção normal de insulina pelo pâncreas e uma taxa normal de glicose no sangue.
         O diabete pode se acompanhar de complicações cardiovasculares, nervosas e cutâneas. as complicações cardiovasculares são comuns e provavelmente resultam do estreitamento vascular determinado pela moléstia ( angiopatia diabética ). As mais frequentes são hipertensão arterial, angina do peito, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e obliterações arteriais periféricas.
Estas últimas levam a dificuldades de cicatrização e favorecem o surgimento de gangrena nas extremidades do corpo.  Dos distúrbios nervosos destacam-se as alterações de sensibilidade cutânea, impotência e frigidez. As complicações oculares são as mais comuns, como as modificações da retina e do cristalino. As cutâneas mais frequentes são manchas esbranquiçadas ( xantomas ), localizadas nas pálpebras, ombros e antebraços.
         Além disso, no diabete não tratado, a impossibilidade de utilização de carboidratos obriga o organismo a recorrer à gordura e às proteínas para obtenção de energia. O desdobramento dessas substâncias pelo fígado acarreta excessiva produção de compostos chamados corpos cetônicos, que são muito tóxicos.    
    O controle mais eficiente do diabete, segundo comprovam as experiências, consiste no controle do açúcar e  na adoção de uma dieta apropriadamente individualizada, complementando-se com outros métodos alopáticos e naturais de tratamento, capazes de proporcionar inúmeros benefícios ao organismo, o diabético corretamente tratado pode levar vida perfeitamente normal.



Terra ( Estômago-Baço-Pâncreas ) gera o Metal ( ar : Pulmão-Intestino Grosso ) gera a água ( Rins-Bexiga )
gera a madeira ( Fígado-Vesícula-Biliar ) gera o fogo ( Coração-Intestino Delgado )



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BP 6 : prevenção e tratamento de Diabete






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